Evolução da Injeção Eletronica


Enquanto nossa liberdade de abastecer com álcool e/ou gasolina ainda causa estupefação em algumas partes do mundo, por aqui a Magneti Marelli apresenta a terceira geração dos sistemas flex de alimentação de combustível. A principal novidade são os bicos injetores desenvolvidos especificamente para o sistema bicombustível. Os Pico Eco, como foram batizados, são feitos de plástico de engenharia e, por essa razão, são leves e resistentes à corrosão. Segundo a fábrica, a nova construção interna promove maior atomização do combustível no momento da injeção nas câmaras, o que contribui para reduzir o consumo e o nível de emissões do motor.

O sistema completo inclui os bicos, o software de gerenciamento e o dispositivo de partida a frio ECS, que dispensa o reservatório auxiliar de gasolina. O software ganhou novas funções, que permitem o controle mais apurado do motor. E o ECS, dispositivo com tecnologia já existente, mas ainda inédita no mercado, ficou mais compacto e com menor custo para as fábricas.

De acordo com engenheiros da Magneti Marelli, o conjunto pode reduzir o consumo de combustível entre 5% e 10% e as emissões de 12% a 35%, para o caso de CO2, e 15%, para os hidrocarbonetos. A terceira geração flex atende às normas estabelecidas pelo Programa de Controle Veicular (Proconve), que entram em vigor no país a partir de 2009. Não bastassem esses ganhos, vale lembrar que o sistema aposenta o velho e esquecido tanquinho. Cá entre nós, ele já vai tarde.

SISTEMA NERVOSO

O software do sistema flex usa informações de sensores – de temperatura, velocidade, rotação, detonação e oxigênio – para identificar o teor de álcool e gasolina no tanque e ajustar o motor a essa mistura (quantidade de combustível injetado, momento de faísca de vela etc.). Dessa maneira, o sistema garante que o motor trabalhe sem problemas, independentemente da proporção da mistura.

BICO

O segredo da eficiência do Pico Eco está em sua construção interna, mais precisamente em duas 1 coroas circulares com três furos por onde passa o combustível. Essas peças fazem que o combustível seja injetado em partículas menores (maior atomização), o que melhora a queima e traz benefícios imediatos para o desempenho, para o consumo e para as emissões.

AQUECEDOR

Duas resistências elétricas instaladas nas extremidades da 2 galeria de combustível garantem o funcionamento do motor em baixas temperaturas. O princípio é o mesmo de um chuveiro doméstico. A temperatura de aquecimento é ajustada automaticamente e varia de acordo com a quantidade de álcool presente na mistura(identificada por sensores).

INJEÇÃO NA VEIA


No caso do jato de combustível de um bico injetor convencional, a mistura que ocorre no coletor é menos atomizada.




Nos “Pico Eco”, o combustível é pulverizado em partículas menores, o que facilita a mistura com o ar e, em seguida, a queima.

LINHA EVOLUTIVA

A primeira geração do sistema flex chegou em 2003 e se resumia ao software de gerenciamento. Sua função era a de reconhecer o combustível e adequar a injeção e o momento da faísca das velas. A segunda veio com a introdução do dispositivo de partida a frio, que foi apresentado em 2007. E a terceira geração, com os novos bicos injetores, está à disposição das fábricas desde agora, embora ainda não tenha nenhuma aplicação comercial.

MEMÓRIA

Nem parece, mas lá se vão quase seis anos desde o lançamento do primeiro veículo flex no país: o VW Gol, apresentado em abril de 2003. A tecnologia desenvolvida no Brasil fez com que o álcool voltasse a ser o preferido na hora de abastecer e mostrou que é possível termos uma alternativa natural ao petróleo. Segundo a Magneti Marelli, atualmente, 20% da frota de automóveis que circulam no país é flex.

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